A primeira páscoa foi instituída por Deus depois da nona praga sobre o Egito (ao todo foram dez pragas) e foi instituída como festa para relembrar a saída do povo de Deus do cativeiro do Egito (Êx 12.1-20), e é uma festa celebrada pelos judeus até o dia de hoje no dia 14 de NISÃ (mais ou menos 1 de abril). O nome em hebraico da festa da páscoa é Pessach e seus principais elementos: Cordeiro sem defeito, pães asmos (sem fermento, ázimos) e ervas amargas.
“O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem; naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.” (Ex. 12.5-8)
Se você crê que a bíblia é a palavra de Deus aos homens, e o que nela está escrito é verdade tire suas próprias conclusões lendo em sua bíblia o texto completo em Êxodo 12.1-20 e os demais textos.
Diante do exposto cada elemento tem um significado importante, os pães asmos (que a grosso modo quer dizer pão sem fermento), tem como significado a saída as pressas do Egito e o não se deixar envolver (levar) pelos seus costumes e tradições. O fermento é citado nos relatos do próprio Jesus (Mt 16. 6-12) que pedia para que deixassem o fermento (doutrina, hipocrisia – pecado) dos fariseus e saduceus, e Paulo (I Cor 5.8) quando relata que devemos deixar o pecado (fermento) e vivermos ”...com os asmos da sinceridade e da verdade”. As ervas amargosas serviria para lembrar aos judeus o seu tempo de escravidão no Egito. A diante veremos o significado do Cordeiro.
Pra que serviu o cordeiro na primeira páscoa? O sangue do cordeiro não deixou que a última praga chegasse às portas dos judeus “E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.” (Ex 12.13) O que tem haver o cordeiro da páscoa com Jesus o Cristo?
Precisamos também falar da páscoa celebrada por Jesus. O texto do Evangelho de Marcos 14.12 diz o seguinte: “E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?”. Jesus não só celebrou a páscoa da maneira tradicional, como também instituiu a Ceia do Senhor que foi adotada mais tarde pela igreja cristã como um memorial até a volta de Cristo. Na celebração daquela páscoa, Jesus prediz seu sacrifício na cruz, onde Ele seria o próprio cordeiro pascal (I Coríntios 5.7c “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal foi imolado.”). Os elementos usados por Jesus foi o vinho e o pão – que simbolizava no vinho o sangue de Cristo derramado por nós e no pão o sacrifício do corpo de Cristo. Como disse João Batista sobre Jesus “...Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (João 1.29) – Jesus o cordeiro que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados é o cordeiro perfeito simbolizado pelo cordeiro que livrou da morte os Judeus no Egito.
· O que tem haver o cordeiro da páscoa com Jesus? É que o próprio Jesus como descrito em Isaias 53 foi o cordeiro sem mácula, sem pecado, perfeito o sacrifício único, último e completo que pode salvar o homem da morte eterna causada pelo pecado.
E não foi mera coincidência que tudo isso acontece no período da celebração da páscoa, que simboliza a libertação do povo Judeu do Egito e salvação da última praga pelo sangue do cordeiro. Da mesma forma Cristo na semana da páscoa foi morto como cordeiro, libertando assim, a todos que nEle crer, da morte eterna. E Deus deu a Cristo o poder de salvar todo aquele que clamar, invocar o seu nome. (Rm 10.13)
O mesmo Cristo que morreu ressuscitou venceu a morte e está a destra de Deus nos Céus. Não mais como aquele que foi preso e morto na cruz, mas como aquele que venceu e que vive. (At 2.24; 13.30-31).
A nossa páscoa é Cristo, não mas presos a tradições, costumes pagãos ou se deixando levar pelo apelo das mídias e suas propagandas. O Cristão tem que viver consciente e convicto de que não celebramos mais a páscoa como os outros. Celebramos como uma ordenança deixada por Jesus: a Ceia do Senhor Celebrada por Cristo na noite em que foi traído, logo após a refeição da páscoa. Para servir de lembrança, em memória do seu sacrifício até que ele volte. Como foi a páscoa para os Judeus deixada como memória da libertação do cativeiro no Egito (Ex 12.14) Celebremos a Ceia do Senhor como descrito por Paulo em 1º Coríntios 11. 23- 26, como memória do sacrifício de Cristo.
“Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.”
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